Site Autárquico Loulé

2014

  • Associação 25 de Abril

     

    Agraciada com o Louvor Público

     

    Associação 25 de Abril

    A Associação 25 de Abril é uma associação sem fins lucrativos, de natureza altruísta, destinada à consagração e defesa dos valores cívicos, tendo como fins principais «a consagração e divulgação, no domínio cultural, do espírito do movimento libertador de 25 de Abril de 1974, a recolha, conservação e tratamento de material informativo e documental para a história do 25 de Abril e do processo histórico que o precedeu e se lhe seguiu e a divulgação,pedagogia e defesa dos valores e espírito democráticos».

    A Associação 25 de Abril, fundada em 22 de outubro de 1982 por oficiais dos quadros permanentes das forças armadas, abriu as portas à participação dos restantes militares profissionais e dos civis. No entanto, a estes estava impedido o acesso à categoria de sócio efetivo. Para eles foi criada a figura do apoiante, associado que não tinha nem todos os deveres nem todos os direitos dos sócios efetivos. Em março de 1990, a alteração dos estatutos abriria o acesso a sócio efetivo a todos os cidadãos nacionais e em março de 2008 a mesma possibilidade foi estendida a todos os cidadãos e cidadãs que se revejam no espírito do 25 de Abril.

    Em 1990, foi também alargado o seu âmbito de ação, passando a envolvê-la na preocupação de assuntos relacionados com no campo da Defesa e das Forças Armadas, nomeadamente no que se refere ao papel do militar e das Forças Armadas numa sociedade democrática. Congregando, desde o início, a esmagadora maioria dos militares que se envolveram no 25 de Abril (cerca de 95%), a A25A tem, em 2014, mais de 6000 associados, sendo o número de militares sensivelmente o mesmo de civis.

    Inicialmente sediada sediada em Lisboa, no Forte do Bom Sucesso, depois num edifício em Linda-a-Velha, ocupa desde 24 abril de 2001 um prédio reconstruído sob a orientação do arquiteto Siza Vieira, também responsável pelo design de todo o mobiliário, e com projeto de engenharia da responsabilidade do engenheiro Segadães Tavares, na Rua da Misericórdia, 95, em Lisboa.

    Possui Delegações no Norte (Porto), no Centro (Coimbra), no Alentejo (Grândola) e no Algarve (Faro). Tem vários Núcleos espalhados pelo país e pelo estrangeiro, de que se destaca o de Toronto, no Canadá.

    No campo da documentação, estabeleceu um protocolo com o Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, que trata e explora todo o seu espólio documental.

    A sua permanente ação na defesa dos valores democráticos, e a sua postura de intransigente apartidarismo, consolidou a sua imagem junto da sociedade e do poder. Pode considerar-se, hoje, uma das instituições de referência do Portugal democrático.

    A A25A é membro honorário da Ordem da Liberdade, e possui as Medalhas de Mérito Municipal de Cascais, Sines, Setúbal, Oeiras, Almada, e Palmela e a Chave da Cidade de Santiago do Cacém, gozando do estatuto de pessoa coletiva de utilidade pública. Em 1999, a Câmara Municipal de Loulé atribuiu-lhe a Medalha de Honra do Município de  Loulé.

  • João Barros Madeira (1934-2021)

     

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    João Barros Madeira

    Presidente

     

    João Barros Madeira nasceu em Loulé, em 1934, filho de David Mendes Madeira e de Joana d’ Aragão Barros. Frequentou a escola Conde Ferreira e depois o liceu João de Deus, em Faro, onde fez o ensino secundário. Licenciou-se em Medicina na Universidade de Coimbra. Durante a vida académica, na década de 60, em tempos de grande agitação estudantil (na qual participou ativamente), foi dirigente do Orfeão e da Tuna, e também da Associação Académica. Dotado de uma boa voz, gravou ainda alguns discos de fados.

    Iniciou a sua vida profissional em Loulé, em 1962, no Hospital da Misericórdia. Exerceu também a medicina privada e mais tarde trabalhou no Centro de Saúde, onde foi Diretor. Foi Presidente da Câmara de Loulé, em 1974, no período de transição para a democracia.

    Foi ainda membro do Conselho de Administração da Administração Regional de Saúde do Algarve, e terminou a sua carreira profissional como Diretor do Hospital de Faro.

    Enquanto cidadão foi presidente do Louletano por duas vezes e durante vários anos presidiu à comissão organizadora do Carnaval de Loulé. Foi também presidente da Comissão Columbófila do Distrito de Faro, sócio nº1 e fundador da Sociedade Columbófila Louletana, vice-presidente da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Columbofilia, tendo sido ainda o primeiro português a ocupar um cargo na vice-presidência da Federação Columbófila Internacional.

  • Francisco Manuel Bota Inez (1933-2015)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    Francisco Manuel Bota Inez

    Francisco Manuel Bota Inez nasceu na freguesia de S. Sebastião, em Loulé, em outubro de 1933, filho de Manuel de Sousa Inez Júnior e de Rosa de Jesus Bota.

    Depois de concluir o Curso Complementar dos Liceus, que frequentou no Liceu Nacional de Faro, concluiu em 1960 a licenciatura pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

    Contemporâneo de uma geração sacrificada pela guerra colonial, permaneceu em Angola de 1962 a 1964, como médico militar no Batalhão de Cavalaria 345, do então tenente-coronel António de Spínola.

    Depois de concluir o curso de Medicina Sanitária no Instituto Superior de Higiene Dr. Ricardo Jorge, foi médico municipal do 1º partido do Concelho de Loulé até 1968 e, desde esta data, subdelegado de saúde privativo do mesmo Concelho. Já como delegado de saúde foi diretor do Centro de Saúde de Loulé, desde a sua criação em 1973, onde coordenou o Serviço Médico à Periferia e presidiu à Comissão Integradora dos Serviços de Saúde Locais (CISSL) até à sua extinção. Presidiu igualmente à Comissão Instaladora do Hospital Concelhio/Serviço de Luta Anti-Tuberculose/Centro de Saúde, até 1985, ano em que assumiu as funções e o exercício de Autoridade de Saúde Distrital Substituto, na Administração Regional de Saúde (ARS) do Distrito de Faro.

    Integrou a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Loulé em julho de 1974.

    Em 1994 foi nomeado vogal do Conselho de Administração da ARS do Algarve, funções que desempenhou até 1996 e acumulou com as de Delegado Regional de Saúde da Região de Saúde do Algarve, estas até à sua aposentação, em abril de 1998.

    De entre outros, frequentou e concluiu, em 1989, na Escola Nacional de Saúde Pública, um Ciclo de Estudos Especiais em Saúde Escolar. Prestou os seus serviços clínicos no Hospital Concelhio de Loulé, na Casa do Povo de Alte e na Casa dos Pescadores de Quarteira e coordenou, na Região de Saúde do Algarve, diversos programas de saúde, em particular nas áreas da Saúde Escolar, da Vacinação, das Doenças Transmissíveis e ainda o Programa Nacional de Controlo das Hemoglobinopatias.

    Foi coordenador do Internato Complementar de Saúde Pública no Distrito de Faro e orientador de formação nesta área no Centro de Saúde de Loulé. Publicou e apresentou, em Seminários e Jornadas de Saúde Pública, diversos trabalhos individuais e de coautoria.

    Mantém, desde 2001, no jornal “A Voz de Loulé”, a rubrica “Dom Finório”, minicrónica quinzenal que pretende dar conta das angústias e perplexidades do cidadão comum face ao mundo que o rodeia.

    Atualmente é professor da disciplina de Saúde Pública na Universidade Sénior de Loulé.

     

     

  • José Cabrita Cortes (1910-1995)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    José Cabrita Cortes

    A título póstumo

    Natural de São Bartolomeu de Messines, Concelho de Silves, onde nasceu a 19 de março de 1910, filho de João António Cortes e de Maria da Conceição Rosário Cabrita, José Cabrita Cortes foi comerciante durante mais de 50 anos.

    Com 12 anos, saiu da sua terra natal para fixar-se em Loulé, tendo começado a trabalhar nos estabelecimentos de tecidos, mercadoria e carruagens do comerciante espanhol Domingos Garcia, onde durante muitos anos foi um empregado de comércio dedicado e proficiente.

    Mais tarde, na década de vinte, José Cabrita Cortes estabeleceu-se por conta própria com uma loja sita no atual Largo Dr. Bernardo Lopes, loja de Modas, Tecidos, Fanqueiro e Retrosaria, “José Cabrita Cortes”, e depois, nos anos sessenta, na Praça da República. Mais tarde deu sociedade ao seu empregado, José Francisco Mendonça, e a casa passou a denominar-se “Cortes & Mendonça”.

    Durante esse período, foi sempre um cidadão exemplar, íntegro, solidário e com ideais democráticos, o que lhe custou perseguição política efetiva, bem como a alguns dos seus familiares e amigos.

    Em 1974 fez parte da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Loulé. Mesmo com as eleições livres, que sempre defendeu, manteve vivos os mesmos ideais de liberdade e de democracia, até ao fim da sua vida.

    Deixou muitos textos e poemas de cariz popular e realista, muito críticos socialmente e, também por isso, muito espontâneos e fiéis às mudanças que observava na sociedade.

    Faleceu a 11 de dezembro de 1995, com 85 anos.

  • João dos Santos Simões (1940-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    João dos Santos Simões

    João dos Santos Simões, popularmente conhecido por “Guanito”, nasceu em 1940 e cedo abandonou os estudos (concluiu a quarta classe). Aos 12 anos começou a trabalhar na Tipografia Comercial, onde iniciou a aprendizagem sobre as artes gráficas.

    Teve uma participação ativa na dinamização de vários grupos desportivos. Foi praticante de futebol, fazendo parte dos quadros da equipa sénior do Louletano, situação interrompida pelo serviço militar, integrando uma missão em Angola, entre 1961 e 1963.

    De regresso a Portugal, retoma a sua profissão de tipógrafo mas, mais tarde, emigra para França onde permanece até 1966. Nesse mesmo ano volta à Tipografia Comercial e retoma a atividade desportiva. Algum tempo depois integra a direção do Louletano Desportos Clube e, ao mesmo tempo, faz parte da equipa de futebol como jogador e treinador. Criou uma escola de jogadores de onde saíram juniores e juvenis que irão fazer parte da atividade do clube e do movimento desportivo do Concelho de Loulé.

    Nunca abandonou a sua vida profissional e, em 1971, torna-se sócio da Tipografia Comercial.

    Em 1969 é convidado pelo movimento de oposição ao regime, mantendo um contato com o Atlético onde o movimento se concentra. Com a Revolução do 25 de Abril de 1974, a CDE convida-o para a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Loulé. Nas primeiras eleições é eleito na coligação FEPU para um mandato e voltaria, mais tarde, a fazer mais dois mandatos como vereador pela APU. Nos quatro mandatos tem a responsabilidade de vários pelouros sem qualquer vencimento.

    Após a sua passagem pelas funções autárquicas, fomenta o movimento para a criação da Zona Industrial de Loulé que veio dar início aos polos de desenvolvimento comercial e industrial da cidade de Loulé.

    Em 1984 é feita uma sociedade com mais quatro sócios, sendo esta gerência que lidera e desenvolve a empresa Gráfica Comercial até à atualidade.

    Fez parte dos quadros do MDPCDE regional e da comissão nacional. Integrou o grupo da ASPROCA que mais tarde se transformaria na Casa da Cultura. Hoje ainda é vice-presidente do Louletano e membro da direção nacional da APIGRAF.

    Politicamente mantém-se independente de qualquer filiação partidária.

  • Bruno Adílio Coelho (1938-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    Bruno Adílio Coelho

    Nasceu a 15 de Setembro de 1938, na freguesia de S. Clemente, Loulé, filho de Bruno Amadeu Coelho e de Adília Rosa. Iniciou-se na arte tipográfica, aos 14 anos, na Gráfica Louletana, especializando-se na Composição. Posteriormente transferiu-se para a Gráfica Comercial, da qual se fez sócio em 1984. Desempenhou diversas atividades no desporto, na cultura e no recreio. Foi um dos fundadores do Grupo Desportivo “Os Unidos”, em 1956. Ao completar 18 anos de idade, fez parte da direção da Sociedade Recreativa Artística Louletana até ao serviço militar. Em finais de Setembro de 1963, em plena Rua Padre António Vieira, o Dr. Manuel M. Gonçalves ofereceu-lhe as chaves da sede do Louletano Desportos Clube, com o recado: “Faz o melhor que puderes, porque o LDC merece!”.

    Assim, com a colaboração de um largo grupo de amigos do Louletano, não só o clube cresceu como o adormecido Parque Municipal de Loulé acordou.Colaborou ainda na organização dos festejos carnavalescos de 1973, pelo Louletano, e de 1974, pelo Sporting Clube Atlético. Em 16 de junho de 1981 foi um dos cinco sócios fundadores do Clube de Ténis de Loulé. Foi colaborador e correspondente de alguns jornais regionais e nacionais. Após o 25 de Abril de 1974, foi nomeado pelo MDP para fazer parte da Comissão Administrativa que geriu os destinos do Concelho nesta fase transitória do país.

     

  • António Maria Andrade de Sousa (1927-1992)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    António Maria Andrade de Sousa

    A título póstumo

    Nascido a 17 de abril de 1927, em Loulé, na freguesia de S. Clemente, António Maria Andrade de Sousa, industrial de profissão, ganhou relevo social e político através do trabalho, da honestidade e de uma verdadeira ética de comportamento.

    Desde cedo interessou-se pela política, influenciado pela corrente republicana e democrática que sobreviveu ao 28 de Maio. Aprofundou os seus conhecimentos político-filosóficos assinando a “República”, a “Seara Nova”, “A Vértice” e muitas outras revistas e jornais locais.

    Logo após o 25 de Abril de 1974, Andrade de Sousa fez parte da Comissão Administrativa Municipal então empossada e foi o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Loulé eleito democraticamente, nas listas do Partido Socialista, cargo que ocupou até 1979. Avesso ao carreirismo político, Andrade de Sousa apenas se preocupou, ao longo da sua vida e durante o seu mandato, em servir o bem-comum e em lutar e defender a sua terra. Faleceu de morte súbita no dia 16 de agosto de 1992.

    Em 1996 foi agraciado com a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro. A 29 de novembro de 2003, como homenagem a este dedicado louletano, foi descerrada uma placa toponímica com o seu nome dado a uma avenida da cidade de Loulé.

  • Celestino Pedro Correia Bota (1947-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    Celestino Pedro Correia Bota

    Natural da freguesia de S. Sebastião, em Loulé, filho de José Alcaría Bota e de Joana Martins Correia, Celestino Pedro Correia Bota nasceu a 1 de agosto de 1947.

    Frequentou o ensino primário na Cruz da Assumada, iniciando o secundário, via profissionalizante, na então recém-criada Escola Industrial e Comercial de Loulé. Mudou de curso para a Escola Comercial e Industrial de Faro – Curso Geral de Comércio e Preparatório de ingresso aos Institutos Comerciais. Iniciou-se então no mundo do trabalho numa empresa local com uma pequena faceta de importação/exportação, nas funções da Contabilidade e Fiscalidade.

    Desde muito cedo ganhara interesse pelas actividades desportivas amadoras em várias especialidades do Atletismo e, com um grupo coeso mas heterogéneo, animou a cultura local no “Atlético” durante quase duas décadas, com inúmeras realizações, algumas das quais de significativa projecção pública local e regional.

    No início da década de 70, foi dinamizador e um dos fundadores do movimento cooperativo habitacional local e regional. Abriu uma Delegação em Faro de uma Companhia de Seguros ligada a um grupo económico e aí fez toda a sua carreira profissional, com breve passagem por Loulé (durante três anos).

    Integrou a Comissão Administrativa que presidiu à Câmara Municipal de Loulé em 1974. Atualmente está reformado mas é um ativo colaborador em diversas atividades sociais.

     

  • José Manuel Ascensão de Sousa Martins (1948 -)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    José Manuel Ascensão de Sousa Martins

     

    José Manuel Ascensão de Sousa Martins nasceu em Loulé, freguesia de S. Clemente, a 20 de agosto de 1948, filho de José Centeio de Sousa Martins e Maria Silvestre da Costa Ascensão.

    Frequentou o ensino primário na Escola da Barreira, em Loulé, e os estudos secundários no Colégio Infante D. Henrique, terminando-os no Instituto de Santo António, um colégio interno em Castelo Branco. Frequentou a Escola de Regentes Agrícolas de Évora, concluindo o curso em 1968. Fez o estágio profissional obrigatório em Moura, ligado ao projeto agrícola inerente à construção da barragem do Alqueva, nessa altura em fase de estudo. Regressou a Loulé e juntou-se ao “Grupo Atlético”.

    Em 1970 é chamado a cumprir o serviço militar obrigatório, entrando em Mafra no Curso de Oficiais Milicianos. É mobilizado para Angola no início de 1971 e é colocado em Quicabo, nos Dembos, durante os dois anos de Comissão Militar como Oficial Miliciano. Regressa a Loulé em 1973 e inicia o seu percurso profissional na Planal, Quinta do Lago, ligado à área da floresta, paisagismo e jardinagem, funções que desempenha durante 37 anos.

    Após o 25 de Abril é escolhido para integrar a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Loulé, que termina em outubro de 1975. Integrou o primeiro e único Conselho Municipal em 1976. É, em várias eleições, eleito deputado municipal, cargo que desempenha durante 12 anos. Reformou-se por razões pessoais e reside actualmente no Concelho de Sintra.

  • Joaquim da Silva (1910-1996)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

    Joaquim da Silva

    A título póstumo

     

    Joaquim da Silva nasceu em Alte, a 20 de dezembro de 1910, filho de Maria da Silva e Silvério Martins. Frequentou a escola primária em Alte, tendo concluído a quarta classe. Trabalhou como ajudante de balcão em S. Bartolomeu de Messines. Casou com Julieta da Conceição Ribeiro e estabeleceu-se em Alte até ir para Loulé gerir a mercearia do seu tio, Amadeu Pedro da Cruz, situada no edifício da Câmara Municipal de Loulé. Esta mercearia tinha pertencido a António Arez, com a designação “António J. C. Arez, Lda”, que depois vendeu a sua quota a Amadeu da Cruz, mantendo o nome do estabelecimento.

    Joaquim da Silva foi ajudar o tio e, mais tarde, ficou à frente da mercearia. Republicano convicto, durante o período da ditadura já recebia o jornal A República e ouvia Manuel Alegre pela Rádio da Argélia, onde estava exilado.

    Em 1974 integrou a Comissão Administrativa que presidiu aos destinos da Câmara Municipal de Loulé.

    Pertenceu ao Rancho Folclórico da Casa do Povo de Alte. Joaquim da Silva faleceu a 14 de dezembro de 1996.

     

     

  • Manuel dos Santos Vaquinhas (1911-1988)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    Almancil

    Manuel dos Santos Vaquinhas

    A título póstumo

    Nascido a 15 de abril de 1911, em Almancil, no Sítio do Monte, Manuel dos Santos Vaquinhas desde novo se revelou um homem de espírito aberto e independente, dotado de uma grande inteligência e sedento de saber e conhecimento.

    Dedicou-se ao comércio de frutas verdes e legumes, nunca descurando o aperfeiçoamento dos seus conhecimentos e o seu leque cultural. Numa altura em que pouca gente ou quase ninguém ingressava nos estudos secundários, foi sem dúvida um dos homens mais cultos e mais bem informados da freguesia, cedo se familiarizando com a política, chegando a ser preso várias vezes, única e simplesmente, por combater o regime salazarista e ser membro do Partido Comunista Português.

    Apesar de ser um homem de pouco convívio, os seus conterrâneos reconheciam-lhe o valor, a competência e a seriedade, chamando-o, por vezes, para ocupar cargos que exigiam um grande rigor e competência. Foi chamado, após o 25 de Abril, para exercer o cargo de presidente da Comissão Administrativa da freguesia de Almancil, desempenhando um papel de equilíbrio e consenso, numa época em que a política partidária estava ao rubro.

    Faleceu a 6 de maio de 1988. A Junta de Freguesia de Almancil atribui-lhe o nome de uma rua, como forma de homenagear um dos homens mais esclarecidos da freguesia de Almancil.

  • Analide Martins Lourenço (1922-1992)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    Alte

    Analide Martins Lourenço

    A título póstumo

    Nascido a 28 de janeiro de 1922, Analide Martins Lourenço foi alfaiate de profissão.

    Presidiu à Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Alte em 1974. Foi presidente da Junta eleito em 1975-1985 e 1988-89, período em que foram desenvolvidas diversas infraestruturas na freguesia, nomeadamente ao nível do saneamento básico, eletrificação, abertura de estradas.

    É sob a sua gestão que foi desenvolvido o projeto de criação de uma piscina de água natural na Fonte Grande. Faleceu a 31 de janeiro de 1992.

  • Abílio Antunes Mártires (1939-2010)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    Ameixial

    Abílio Antunes Mártires

    A título póstumo

    Abílio Antunes Mártires nasceu na aldeia do Ameixial, no dia 22 de fevereiro de 1939, e a sua infância foi vivida com os pais: Ana da Conceição Silva e Francisco Mártires que faleceu bastante novo, deixando Abílio e as suas duas irmãs mais novas numa situação difícil, o que fez com que tivesse que trabalhar muito cedo para ajudar a família. Nessa altura, e bastante jovem, Abílio andou pelos montes a vender peixe numa canastra aos ombros.

    No seu percurso de vida, Abílio trabalhou como almocreve, conduzindo animais de carga e mercadorias de uma terra para outra, tornou-se pedreiro e acabou por ir para Lisboa para tentar melhorar a sua qualidade de vida. Após muito esforço, conseguiu começar a trabalhar por conta própria como empreiteiro, construindo muitas das inúmeras pontes do Alentejo e do Algarve, sendo que apostou também nas máquinas de captação de água.

    Até à sua reforma, este homem que adorava conviver com as pessoas ainda se dedicou à venda do pão. Contudo, Abílio alimentava outra grande paixão, a política. A ela se entregou durante muitos anos.

    Fez parte da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia do Ameixial, em 1974, na qualidade de presidente. Foi presidente da Junta de Freguesia do Ameixial nos períodos de: 22/10/1974 a 20/12/1980 (em 81 pediu a demissão do cargo alegando motivos de saúde) e de 3/1/1990 a 15/1/1994.

    Homem de rara sensibilidade poética, dedicou grande parte do seu tempo livre à poesia. Participou em inúmeros encontros de poetas, entre os quais o encontro de poetas populares integrado no programa da Feira de Artes e Cultural de Almodôvar (FACAL), tendo sido homenageado a título póstumo. Não deixou nenhuma obra publicada, mas um vasto espólio de textos soltos sobre incontáveis temas.

    Faleceu em 7 de maio de 2010.

  • Fernando José Barriga Vieira (1945-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    Boliqueime

    Fernando José Barriga Vieira

    Fernando José Barriga Vieira nasceu a 3 de junho de 1945, em Boliqueime, filho de José Vicente Vieira e de Maria do Carmo Barriga. Casou com Rosa Maria Guerreiro Neto Barriga Vieira, uma consagrada pintora algarvia, com quem teve três filhos. Fez o ensino primário em Boliqueime, prosseguindo os seus estudos no Liceu de Faro.

    Iniciou o período de serviço militar no Quartel de Beja a que se seguiram os de Lamego e Estremoz, de onde saiu para uma missão na Guiné, ficando gravemente ferido durante o rebentamento de uma mina, no dia 17 de novembro de 1969.

    A 1 de maio de 1971 ingressou no Banco Pinto & Sotto Mayor, de onde saiu em 1992 como gerente, transferindo-se para o Totta & Açores onde esteve até 1998, sendo director regional, cargo que continuou a desempenhar no Finibanco onde permaneceu até à reforma, a 1 de maio de 2011.

    Em Boliqueime, onde passou toda a juventude, foi dirigente na Sociedade Recreativa, como secretário e vogal. Foi ainda fundador e dinamizador do Boliqueimense, clube que antecedeu o Clube Desportivo de Boliqueime. Desportivamente esteve ligado a diversos clubes como praticante de futebol iniciado nos tempos de estudante e no clube da sua terra. Seguiram-se o Padernense, Ferreiras, CCD da Faceal, Imortal e  Louletano. Todos eles depois do grave acidente de que foi alvo, superando a sua incapacidade física com muito estoicismo e elevada capacidade técnica.

    Sem estar ligado a qualquer partido político, esteve ativo no período após o 25 de Abril como presidente da Comissão Política na Junta de Freguesia de Boliqueime, até ao primeiro ato eleitoral.

     

  • Daniel Guerreiro João (1942-2007)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    Quarteira

    Daniel Guerreiro João

    A título póstumo

     

    Daniel Guerreiro João, natural da freguesia de Salir, Concelho de Loulé, nasceu no sítio da Corte Neto a 16 de novembro de 1942, filho de Manuel António João e de Maria Guerreiro Tomé.

    De origens humildes, desde muito cedo demonstrou interesse em expandir os seus conhecimentos além dos horizontes considerados normais para a altura. Esgotadas as ofertas de formação então existentes no Concelho, vai para Faro, onde frequenta a Escola Comercial. Ingressa depois no Magistério Primário, onde se torna professor do ensino básico, iniciando a sua actividade profissional no ano de 1963, após dois anos e 93 dias de serviço militar, que inicia no exército e termina na força aérea como sargento miliciano.

    Em 22 de novembro de 1963 casa com Maria da Conceição Gabriela Santos João.A sua atividade como professor marca a sua vida, mantendo-se no ativo por 33 anos, a grande maioria deles na Escola Primária nº 1, em Quarteira. Aqui dá aulas a crianças mas também a adultos, muitas vezes em cursos nocturnos de alfabetização, ajudando a colmatar uma deficiência muito acentuada na pequena sociedade quarteirense do pré e pós 25 de Abril. Com os mais pequenos desenvolve projetos na altura pioneiros, tais como a criação de uma pequena horta e exploração apícola na escola.

    Na Revolução dos Cravos assume o cargo de presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, onde se mantém em funções por dois anos, enfrentando com empenho este conturbado período de transição. A sua atividade profissional, que o tornava conhecido em todas as camadas sociais da população, assim como a sua personalidade forte e afável, muito contribuíram para que frequentemente fosse chamado a mediar conflitos das mais diversas índoles, o que geralmente fazia com bastante êxito.

    Dono de uma curiosidade, capacidade crítica e análise impar, que o caracterizou ao longo da sua vida, era ávido leitor, conhecido por interessar-se por diversas disciplinas, tais como matemática, física, ciências humanas e naturais. Dedicou-se à caça, pesca, agricultura, filatelia e espeleologia. Esteve na origem da criação da Associação Geonauta.

    Faleceu em 1 de outubro de 2007, vítima de AVC.

  • Joaquim Nunes Viegas Santa Rita (1921-1997)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    Querença

    Joaquim Nunes Viegas Santa Rita

    A título póstumo

    Joaquim Nunes Viegas Santa Rita, mais conhecido por Joaquim Bento, nasceu em 1921, em Querença.

    Pessoa bastante abastada para a altura, Joaquim Bento estava habituado a gerir várias pessoas que trabalhavam para ele na apanha de frutos secos, assim como na agricultura. Talvez por isso, foi escolhido para presidir à Comissão Administrativa da Freguesia de Querença formada, a 21 de setembro de 1974, que dirigiu os destinos desta freguesia até à realização de eleições. Exerceu essas funções até dezembro de 1976, altura em que houve as primeiras eleições livres e em que foi nomeado um novo executivo.

    Fez ainda parte dos corpos gerentes da Associação de Bem Estar dos Amigos de Querença, no início da década de 90, primeiro como tesoureiro e depois como secretário. Ficou viúvo muito cedo, voltando a casar novamente, mas não teve filhos. Continuou sempre ligado aos destinos de Querença.

    Faleceu a 28 de janeiro de 1997, no Sítio da Portela do Monte, onde residia.

  • Manuel Dourado Martins de Sousa Eusébio (1931-1979)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    Salir

    Manuel Dourado Martins de Sousa Eusébio

    A título póstumo

     

    Manuel Dourado Martins de Sousa Eusébio nasceu em Salir, a 28 de dezembro de 1931.

    Profissionalmente esteve ligado à agricultura e à indústria (produção de azeite), administrando com afinco os bens da família.

    A 22 de setembro de 1974 tomou posse como presidente da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Salir, nomeada na sequência da Revolução do 25 de Abril. Dois anos depois (dezembro de 1976) concorreu às primeiras eleições autárquicas da democracia, como cabeça de lista pelo Partido Socialista, tendo sido eleito presidente da Junta de Freguesia. Ocupou o cargo até à data do seu óbito, quando pôs termo à vida, suicidando-se em circunstâncias nunca totalmente apuradas.

    Como presidente da Junta de Salir foi responsável pela eletrificação de alguns montes nos subúrbios da povoação, ampliação do cemitério ou a beneficiação de vias. Para homenageá-lo, a Junta de Freguesia de Salir descerrou uma lápide toponímica que dá nome a uma artéria de Salir a este antigo autarca.

  • João António dos Santos (1930-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    S. Clemente

    João António dos Santos

     

    Natural de Silves, João António dos Santos nasceu a 5 de agosto de 1930, filho de Lucrécia de Jesus Miguel e de João dos Santos Miguel.

    Frequentou a escola primária em Silves, tendo sido um aluno com distinção, mas foi obrigado a deixar os estudos por falecimento do pai. Casou-se com Aura Pinguinha Rosa. Dedicou a sua vida ao desporto, em particular à modalidade do futebol. Colaborou com várias instituições, uma delas o Lar de Santa Bárbara de Nexe.

    Foi jogador, fundador, orientador do Juventude Sport Campinense nos primeiros anos de fundação do clube. Após o 25 de Abril de 1974, e depois do ressurgimento do Campinense em 8 e janeiro de 1976, foi um dos refundadores do clube, a par de mais sete outros campinenses. Foi presidente da Direção nas épocas de 1976/77 e 1977/78, e da Assembleia Geral do clube, época 1981/82. Foi um dos principais impulsionadores do futebol e do ciclismo do Campinense, nas suas épocas douradas, sendo, também apoiante da criação de outras modalidades no clube, como o andebol, judo e hóquei em patins. Contribuiu grandemente com o seu apoio material na construção da sede social do clube, oferecendo toda a carpintaria para a obra.

    Foi presidente da Junta de Freguesia de S. Clemente. Fez parte dos órgãos sociais da Sociedade Columbófila Louletana. Fez parte da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de S. Clemente, na qualidade de presidente, em 1974.

  • José Gonçalves Grosso (1939-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA DAS JUNTAS DE FREGUESIA

    S. Sebastião

    José Gonçalves Grosso

     

    Natural do Parragil, freguesia de S. Sebastião, filho de João Francisco Grosso e de Teresa Gonçalves Grosso, José Gonçalves Grosso nasceu a 1 de março de 1939.

    Frequentou a Escola da D. Arlinda, prosseguiu os seus estudos no Liceu João de Deus, em Faro, tendo frequentado a Universidade, na Faculdade de Ciências de Lisboa, curso de Física-Química, mas por morte de seu pai teve que parar os estudos. Começou a trabalhar no negócio de família ligado ao ramo das empreitas. Mais tarde teve um supermercado na Rua Ascensão Guimarães e, posteriormente, dedicou-se à construção civil como construtor.

    Partiu para o Ultramar em 1962.

    Em 1974 fez parte da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de S. Sebastião, na qualidade de presidente.