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"A educação para além da Escola", por Maria de Lurdes Rabaça

O programa de actividades de dinamização do Arquivo Municipal de Loulé esteve de volta no dia 12 Setembro de 2009, sábado, pelas 15h00, com uma conferência subordinada ao tema “A educação para além da escola”, apresentada por Maria de Lurdes Rabaça, técnica da Câmara Municipal de Lisboa e membro do Comité Executivo da AICE – Associação Internacional de Cidades Educadoras. Esta oradora, que pertence também à Comissão de Coordenação da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras e é Representante Técnica da Rede Territorial Portuguesa Executiva das Cidades Educadoras do Município de Lisboa, abordou, entre outros assuntos, o conceito de “Cidade Educadora”, a importância desta rede nacional no contexto educativo, social, cultural, económico e político e falou também no caso concreto de Loulé e o trabalho que tem sido realizado pelo Município nesta área. Recorde-se que, em 1990, um conjunto de cidades de diversos países reuniu-se em Barcelona, naquele que foi o I Congresso Internacional das Cidades Educadoras, com o objectivo comum de trabalhar conjuntamente em projectos e actividades para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. Nesse ano foi inaugurado o movimento que deu origem à Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), criada em 1994. Também nesse ano foi estruturada a 1ª Carta de Princípios, revista em 2004, naquela que ficou conhecida como a declaração de Génova. Esta Associação tem como finalidade última a troca e partilha de experiências, no âmbito da Educação em toda a sua abrangência e entende a cidade como um espaço de oferta de importantes elementos para uma formação integral. Integram a AICE mais de 400 cidades, de 35 países, representantes dos 5 continentes, sendo a associação gerida por um Comité Executivo do qual Lisboa faz parte. Ao nível nacional, as 35 cidades que aderiram ao movimento estão reunidas na Rede Territorial Portuguesa, coordenada por uma Comissão de Coordenação. Em 2006, foi organizado o I Congresso Nacional que teve lugar em Vila Real. Previsto inicialmente para ter uma periodicidade bienal, a segunda edição decorreu no ano seguinte, em Santa Maria da Feira, para permitir o desfasamento com os congressos internacionais, que decorrem nos anos pares. Para além de pretender dar maior visibilidade pública ao conceito de cidade educadora, à Associação Internacional e mesmo à Rede Nacional, os congressos têm como principal objectivo permitir a partilha de experiências entre as diversas cidades. Deste modo, os municípios aderentes são convidados a apresentarem as experiências que decorrem nos seus concelhos, promovidas por entidades públicas e/ou privadas. Este modelo tem uma dupla vantagem: se por um lado permite às cidades publicitarem as suas boas-práticas, por outro apresenta aos congressistas experiências já testadas e avaliadas, não raras vezes, sobre problemas que afectam as suas próprias cidades. Tornou-se, portanto, um espaço de benchmarking, onde foram trocadas ideias e experiências, não apenas fundamentadas cientificamente, mas já testadas empiricamente e com resultados mensuráveis. Música e Exposição animaram a tarde no Arquivo. Após a Conferência, pelas 16h00, contámos com a actuação do violinista Rui Gonçalves e, ainda, a inauguração da exposição “Cartazes de José Maria Oliveira, uma história de Loulé”.