Site Autárquico Loulé

Aquisições mês dezembro 2016

  • ‘Enredos’, de Rui Nunes

    «— A quê, senhor Doutor?

    — Que é isso? regressamos a Coimbra? Não se esqueça de que sou o presidente. Já o Manel segredava que a senhora tinha o espírito de um ministro das finanças e que eu teria muito a aprender consigo

    — bem, bem,

    resmungou a velha. E em voz alta:

    — Senhor presidente?

    — Que é?

    — São as meninas…

    — As meninas? As de Velázquez?

    — Não, as de Odivelas.

    — As que comem banana às rodelas?

    — Então, porte-se bem.

    — Venham elas, inteiras ou às rodelas, venha a inocência em seu feltro castanho, venham ao presidente que a todas ama, ao meu paternal cuidado. E são muitas? e bonitas?»

     

    Escrita em 1987, esta obra de Rui Nunes foi durante muito tempo a primeira a abordar de modo cáustico a vida de Salazar e do Palácio de São Bento da época.

  • ‘O domador de leões’, de Camilla Läckberg

    É janeiro e um manto de neve cobre Fjällbacka. Uma adolescente seminua sai do gélido bosque a cambalear, e atravessa a estrada. O carro aparece do nada e o condutor não consegue travar a tempo de evitar a tragédia. Quando Patrik Hedström e a sua equipa são alertados para o acidente, já o corpo da rapariga tinha sido identificado.

    Era Victoria Hallberg, que desaparecera quatro meses antes, quando regressava a casa depois de uma aula na escola de equitação. A Polícia apercebe-se de que aquele terrível acidente foi o melhor que podia ter acontecido a Victoria. O seu corpo evidencia sinais de ter sofrido atrocidades inimagináveis e tudo leva a crer que não será a única vítima.

    Enquanto isso, Erica Falk investiga o trágico passado de uma família ligada ao circo, o que a leva por diversas vezes a um estabelecimento prisional para visitar Laila, uma mulher acusada de ter matado o marido. Mas não consegue desvendar o que realmente se passou naquele longínquo dia fatídico.

    O que estará Laila a esconder? Para onde foram os dois filhos depois da tragédia? Erica desconfia de que há em toda aquela história algo que não se encaixa. E que o passado estende os seus longos braços para vir ensombrar o presente.

  • ‘Curso de justiça constitucional: evolução histórica e modelos de controlo da constitucionalidade’, de Maria Benedita Urbano

    Nesta segunda edição do nosso Curso de Justiça Constitucional pretendeu-se desde logo, e fundamentalmente, enquadrar melhor a justiça constitucional, com especial destaque para o controlo da constitucionalidade das normas, apresentando as diversas razões justificativas da sua necessidade, algumas delas intemporais e genéricas, outras mais localizadas do ponto de vista temporal e espacial.

    De igual modo, quisemos fazer uma referência, ainda que breve, aos desafios que atualmente se colocam à justiça constitucional, designadamente, o desafio da globalização do direito e aquele que resulta de situações de crise excecionais, como as provocadas pelo fenómeno do terrorismo e pelas graves crises económico-financeiras que têm assolado vários países, como é manifestamente o caso de Portugal. Finalmente, quisemos adicionar algumas notas genéricas relacionadas com o papel dos juízes constitucionais e sugerir alguns remédios destinados a promover a autocontenção judicial enquanto contraponto do ativismo judicial.

  • ‘História da administração pública’, de Rui Manuel de Figueiredo Marcos

    O livro acompanha a evolução da administração pública portuguesa nas suas mais expressivas mudanças de fisionomia e de sentido. E fá-lo desde a administração peninsular anterior à fundação da nacionalidade até ao período da administração pública reguladora do século XXI. Encerra detidas incursões às grandes reformas administrativas que o tempo inscreveu nos seus rútilos registos num permanente enlace problemático com o contexto histórico que as foi fundamentando e lhes ofereceu condições de possibilidade.

  • ‘A estrada branca’, de José Tolentino Mendonça

    Novo título para um dos mais destacados poetas da atualidade nacional. José Tolentino Mendonça regressa à edição com poemas de primeira água, mesclando como ninguém teologia com quotidiano.

  • ‘O tesouro escondido: para uma arte da procura interior’, de José Tolentino Mendonça

    "A meio do caminho desta vida / me vi perdido numa selva escura." Este verso de Dante, num dos pórticos da sua Divina Comédia, mostra como todos vivemos diferentes tempos, ciclos e idades e como o contacto com a nossa substância mais profunda nos faz necessariamente mergulhar numa experiência da complexidade. Muitas vezes, a sensação que nos sobrevém é a de uma desorientação ou de um certo adormecimento interior. O nosso tesouro certamente continuará a existir, mas agora escondido aos nossos olhos. Por isso precisamos de um cristianismo sapiencial que mature e ilumine a pergunta que somos. Um cristianismo espiritualmente interpelador que nos relance com confiança na aprendizagem dessa arte que é a procura interior.

  • ‘A mística do instante: o tempo e a promessa’, de José Tolentino Mendonça

    O teólogo Karl Rahner assinou uma famosa interjeição que dizia: "o cristão do futuro ou será um místico ou nada será!". Mas temos de entender-nos sobre o que é a mística. Uma interpretação muito disseminada encara-a como uma prática elitista que consiste num desligar-se do mundo para reentrar no espaço interior. A narrativa bíblica, porém, afasta-se propositadamente das versões espiritualistas. Ela defende uma compreensão unitária da vida, não deixando dúvidas sobre o necessário envolvimento dos sentidos corporais na expressão crente. Os sentidos do nosso corpo abrem-nos à presença de Deus no instante do mundo. Eles são grandes entradas e saídas da nossa humanidade e da nossa fé.

    A mística do instante reenvia-nos para o interior de uma existência autêntica, ensinando-nos a ser realmente presentes: a ver, a ouvir, a tocar, a saborear, a inebriar-nos com o perfume sempre novo do instante.

  • ‘Crítica da razão cínica’, de Peter Sloterdijk

    "Crítica da Razão Cínica", publicado por ocasião do bicentenário da "Crítica da Razão Pura de Kant", é, antes de mais, uma crítica da modernidade.

    Para Peter Sloterdijk, o atual cinismo resulta da perda das ilusões iluministas. Na Antiguidade, com Diógenes, o cinismo era uma atitude individual confinada a uma corrente filosófica de reduzida expressão.

    No nosso tempo, enquanto «falsa consciência», é um fenómeno generalizado que Sloterdijk detecta nos mais diversos campos, da vida privada à religião.

    Como resposta a este cinismo moderno, e para que ele possa ser ultrapassado, o autor sugere a redescoberta das virtudes do antigo cinismo ou, mais exatamente, do kinismo, que passa pelo riso, a insolência e a invectiva. Este processo poderia permitir transformar o ser (Sein) em ser consciente (Bewusstsein).

    Surgida na Alemanha em 1983 e considerada então por Habermas como a principal obra filosófica das últimas décadas, Crítica da Razão Cínica permite-nos também entender melhor o trajecto intelectual de Sloterdijk e as polémicas suscitadas pelos seus livros mais recentes.

  • ‘Uma misteriosa carta de amor’, de Tea Stilton

    Encontrámos uma carta misteriosa nos corredores do College de Topford: trata-se de uma declaração de amor que alguém perdeu!

    Quem será o seu autor tão romântico? Vamos descobri-lo todas juntas!