Site Autárquico Loulé

1996

  • Corpo Nacional de Escutas

    Agraciado com a Medalha Municipal de Defesa do Meio Ambiente Grau Bronze

     

    O Agrupamento 290 do Corpo Nacional de Escutas foi fundado em Loulé a 25 de Maio de 1969.

    Como Associação preocupada com a defesa do Ambiente e a conservação da natureza tem actuado na limpeza de zonas poluídas ou degradadas, mais concretamente na limpeza de alguns cursos de água do Concelho de Loulé, tendo participado nas actividades da “Bandeira Azul”, na limpeza de zonas para piqueniques, na plantação de árvores, etc.

  • José da Horta (1915-?)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Bronze

     

    José Viegas Duarte, popularmente conhecido como Zé da Horta, nasceu na Freguesia de S. Clemente em 17 de Maio de 1915.

    Desde cedo que começou a jogar à bola, ao pião e ao berlinde.

    Com cerca de 16/17 anos, com João Labisa, Armando Carucho, Xixo e Reguito, participava em torneios populares. Era chefe desse grupo e jogava inicialmente a avançado-centro, passando depois para a baliza, onde permaneceu.

    Ingressou no Louletano numa altura em que o guarda-redes oficial era o José Maria. Determinado e dedicado rapidamente Zé da Horta ocupou o lugar de José Maria.

    Fez o seu primeiro jogo em Vila Real de Santo António pela reserva do Louletano, tinha então 17 anos, para logo em seguida ascender à equipa principal, disputando então o campeonato a nível Distrital. A partir daí esteve 25 anos ao serviço do Louletano onde fez carreira até aos 44 anos.

  • “Erva Doce”

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    O Grupo de Música Popular “Erva Doce” foi criado, em Alte, em 1995. O seu primeiro ensaio, na Aldeia de Alte, data de 29 de Outubro de 1995, sob orientação do Dr. Sérgio Silva. O Grupo é constituído por pessoas de vários escalões etários e profissionais, nenhum elemento é remunerado, sendo todas as receitas angariadas investidas em instrumentos musicais e aparelhagem sonora.

    A ideia de formar um grupo de música popular Portuguesa em Alte surgiu de Sérgio Silva, Daniel Vieira, Valentina e Cila, seus principais dinamizadores.

    O primeiro espectáculo do Grupo ocorreu a 21 de Dezembro de 1995, dia da Festa de Natal da Casa do Povo de Alte.

    Em 1987 o Grupo “Erva Doce” gravou uma cassete com o título genérico “Mensagem de Amizade” cujo produto das vendas se destinou à construção do Lar da Terceira Idade de Alte; a última gravação ocorreu em 1993, um trabalho discográfico em CD e cassete, realizado nos Estúdios Discossete em Lisboa.

  • Clube Desportivo e Recreativo Quarteirense

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    A Sociedade Recreativa Quarteirense foi criada em 1937. Inicialmente consistia na prática de algumas modalidades de âmbito recreativo e ocupação dos tempos livres.

    Em 1971, passou a denominar-se Clube Desportivo e Recreativo Quarteirense fomentando para além da da prática de actividades desportivas, o desenvolvimento desportivo, quer em áreas de competição como o futebol quer no incentivo a outras práticas desportivas.

    Ao nível futebolístico, na época de 1974/75 ascendeu à 3.ª Divisão Nacional, descendo novamente à Distrital duas ou três épocas depois.

    Em 1990 ascendeu à 2.ª Divisão B (Nacional).

    De entre outras actividades desportivas desenvolvidas por este Clube  destacam-se: a petanca (a modalidade mais antiga do Quarteirense a par do Futebol); o BMX-Bicross; a Ginástica geral (rítmica e manutenção); a pesca desportiva, etc.

  • Manuel Rodrigues Correia (1915-1992)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    Manuel Rodrigues Correia nasceu em Loulé a 22 de Outubro de 1915 e faleceu na mesma cidade a 7 de Janeiro de 1992.

    Frequentou o curso de Medicina da Universidade de Coimbra em 1934, transferindo-se depois para Lisboa onde se formou.

    Especializou-se em Malariologia e foi convidado para chefiar uma Brigada Móvel, destinada a erradicar da zona sul do país o paludismo, aceitando o cargo com a condição dessa brigada ficar sedeada em Loulé. Como resultado, foi criado em Loulé um posto dos Serviços Anti-sezonáticos, cuja direcção ocupou a partir de Junho de 1946 e que para além do Algarve cobria ainda os concelhos de Mértola, Almodôvar, Castro Verde, Ourique e Odemira. Em 1958, Manuel Correia conseguiu acabar com o paludismo na região sul.

    Foi chamado a participar em inúmeras campanhas, com destaque para as seguintes: Campanha de Vacinação Anti-variólica, Campanha contra a Gripe Asiática 50-60, Campanha Anti-Cólera 74-75, Campanha Anti-Mosquito, entre outras.

    Manuel Correia foi homenageado pela Câmara Municipal de Loulé através da atribuição do seu nome a uma praça da cidade, aprovada por deliberação de 20 de Fevereiro de 2008.

  • José Inácio do Rosário Duarte (1936-1997)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    José Duarte nasceu a 1 de Fevereiro de 1936 em Portimão, tendo vindo para Loulé quando tinha 9 anos. Após ter concluído os estudos liceais ingressou no Magistério Primário, onde obteve o diploma para poder leccionar.

    Foi professor do ensino primário, em Loulé, durante dez anos.

    Em 1964 abandonou o ensino e ingressou no Banco Nacional Ultramarino, funções que exerceu durante vinte e seis anos.

    O nome do Prof. José Duarte ficou também ligado ao Carnaval de Loulé. Desde 1953 até 1996 esteve envolvido activamente nos festejos carnavalescos de Loulé, quer através da concepção e execução dos carros alegóricos, quer na sua tripulação.

    Faleceu a 24 de Abril de 1997 em Faro.

  • Homens do Andor

    Agraciados com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    As Festas em honra da Nossa Senhora da Piedade, Mãe Soberana para os louletanos, não poderia existir sem a força e a fé dos chamados “Homens do Andor”. Vistos pelos louletanos como símbolos de fé e devoção religiosa, os homens que transportam o andor da Mãe Soberana são oito, acompanhados por dois tochas (tocheiros ou ajudas) que vão abrindo caminho entre a multidão para que se possa fazer o percurso sem riscos. Estes homens envergam calças e camisa brancas, laço preto para a Festa Pequena e laço branco para a Festa Grande, casaco preto, opa branca com cabeção azul, luvas brancas de algodão, meias e sapatos pretos. Seguram um forcado de madeira, que os ajuda a transportar o Andor, e enfeitam a lapela com uma das flores do mesmo andor.

    Na década de cinquenta decidiu-se que seria o homem com mais anos de Andor que lideraria o grupo e estava encarregue de escolher os Homens do Andor.

    O ponto alto das celebrações em torno da Padroeira da cidade de Loulé é a chamada Festa Grande. Nesse dia, nomeadamente quinze dias após o Domingo de Páscoa, a procissão começa logo pela manhã, na Igreja de S. Francisco, onde os Homens do Andor recebem a bênção do pároco, depois da missa. De seguida os mesmos Homens transportam a imagem para o Largo Eng.º Duarte Pacheco, que os Louletanos conhecem por “Estátua”. Retomam a procissão na parte da tarde, cerca das 16 horas, percorrendo as principais artérias da cidade. Chegados ao inicio do cerro a procissão é feita em passo rápido até ao Santuário onde os Homens do Andor depositam a Padroeira para lá permanecer durante o ano.

    Terminada a procissão os Homens do Andor continuam o seu percurso e descem em direcção ao centro da cidade, sendo esperados pela população que nas ruas lhes gritam “viva” e “obrigado”, batem palmas e acenam. Terminam o seu percurso no Largo Bernardo Lopes. E porque o Andor pesa cerca de trezentos quilogramas é a fé do povo unida com a dos Homens do Andor que lhes dá força para conseguirem levar a nossa Padroeira cerro acima.

     Em 28 de Março de 2007 foi atribuída à artéria que liga a Rua da Nossa Senhora da Piedade à Rua José António Madeira a designação de “Homens do Andor”. Uma justa homenagem aos louletanos que todos os anos transportam o andor de Nossa Senhora da Piedade. A placa toponímica foi descerrada no dia 8 de Abril de 2007, Domingo de Páscoa, durante o decorrer da Festa Pequena.

  • Arlinda Francês (1903-1992)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    Natural de Faro, Arlinda da Natividade Santos Reis Francês nasceu a 25 de Dezembro de 1903 e faleceu na mesma cidade a 9 de Janeiro de 1992, tendo sido sepultada em Loulé.

    Com o seu marido, José da Conceição Francês, foi precursora do ensino privado em Loulé, criando em 1938 o Colégio Infante D. Henrique, localizado na Av. José da Costa Mealha.

    Em 1949 o Ministério da Educação autorizou que o colégio se começasse a denominar Externato Infante D. Henrique. Neste Externato, dirigido por Arlinda Francês, os alunos obtiveram sempre um melhor aproveitamento e eram referência no panorama educativo algarvio.

    No início dos anos 50, Arlinda Francês e o marido decidiram construir um novo edifício, na Rua Eng.º Barata Correia, para instalar o Externato. Em 28 de Setembro de 1954 o Ministério da Educação autorizou a transferência para as novas instalações, fixando a lotação total em 230 alunos, sendo 37 do ensino primário e 193 do ensino liceal.

    A Câmara Municipal de Loulé decidiu homenagear Arlinda Francês inscrevendo o seu nome na toponímia da cidade a 20 de Fevereiro de 2008.

  • António Maria Andrade de Sousa (1927-1992)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

    António Maria Andrade de Sousa, industrial de profissão, nasceu na Freguesia de S. Clemente no ano de 1927 e faleceu no dia 16 de Agosto de 1992.

    Andrade de Sousa interessou-se desde cedo pela política, influenciado pela corrente republicana e democrática que sobreviveu ao 28 de Maio. Aprofundou os seus conhecimentos político-filosóficos assinando a “República”, a “Seara Nova”, “A Vértice” e muitas outras revistas e jornais locais.

    Logo após o 25 de Abril de 1974, Andrade de Sousa fez parte da Comissão Administrativa Municipal então empossada e foi o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Loulé, cargo que ocupou até 1979.

    Avesso ao carreirismo político, Andrade de Sousa apenas se preocupou, ao longo da sua vida e durante o seu mandato, em servir o bem-comum e em lutar e defender a sua terra.

    A 29 de Novembro de 2003 como homenagem a este dedicado louletano foi descerrada uma placa toponímica com o seu nome dado a uma avenida da cidade.

  • Manuel da Luz Afonso (1917-2000)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    Dirigente desportivo com larga experiência, enquanto Seleccionador Nacional, Manuel da Luz Afonso, alcançou em 1966 com a equipa dos “Magriços” um brilhantíssimo terceiro lugar no Campeonato do Mundo de Futebol. Chefe do departamento de futebol do Benfica, que foi campeão europeu, até 1964, Manuel da Luz Afonso abandonaria o cargo para aceitar, pouco tempo depois, o desafio de levar Portugal à fase final do Mundial de Inglaterra. Escolheu para treinador o brasileiro Otto Glória, que fora um dos grandes responsáveis pelo advento do profissionalismo no Benfica, e com um grupo de jogadores do mais completo que Portugal alguma vez produziu, e entre os quais se destacavam Eusébio e Coluna, tornou a fase de apuramento num autêntico «passeio», a despeito de ter como adversário nada menos do que o vice-campeão do Mundo, a Checoslováquia. Nascido em Loulé, em 1917, Manuel da Luz Afonso era um homem rigoroso e metódico. Essas suas características foram fundamentais para o êxito de Portugal no Mundial de 1966. Em 20 jogos à frente da Selecção Nacional conheceu apenas três derrotas: frente à Roménia (0-2), no último jogo da fase de apuramento, que já não tinha importância pontual; na meia-final de Wembley, frente à Inglaterra (1-2); e no primeiro jogo de apuramento para o Euro 68, frente à Suécia (1-2). Nesse momento, e descontente com o rumo que as coisas pareciam tomar na Selecção Nacional, disse adeus. Foi substituído por José Gomes da Silva e não voltou ao futebol, dedicando-se à sua carreira de gestor.

    Viria a falecer a 15 de Outubro de 2000.

  • Centro Cultural de São Lourenço

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    Na pequena localidade de S. Lourenço, foi fundado a 7 de Março de 1981 o Centro Cultural São Lourenço, uma iniciativa privada de um casal Franco-Alemão, Volker e Marie Huber.

    Trata-se de uma galeria de arte de renome internacional que tem sido desde há várias décadas espaço acolhedor para alguns dos mais conceituados artistas plásticos, poetas e músicos, nacionais e estrangeiros, entre os quais se destacam: José de Guimarães, João Cutileiro, ou Günter Grass, Prémio Nobel da Literatura.

    Ao longo destes anos de actividade, o Centro Cultural foi palco de inúmeras exposições de arte contemporânea e concertos musicais, sendo visitado por milhares de turistas nacionais e estrangeiros.

    Este espaço fica localizado a cerca de cem metros da Igreja de São Lourenço, num conjunto arquitectónico de inegável beleza, que soube conjugar a divulgação da arte contemporânea com a preservação da arquitectura tradicional algarvia.