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Litoral

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No litoral do concelho de Loulé destacam-se as Zonas Húmidas, um dos mais ricos e produtivos ecossistemas da biosfera e que constituem um dos mais importantes refúgios e locais de nidificação para muitas espécies de aves aquáticas.

 

Os locais de interesse para a prática de birdwatching situados no litoral do Concelho podem ser visitados durante todo o ano visto que a maior parte são zonas húmidas permanentes, sendo especialmente interessantes durante o Inverno e durante as duas épocas de migração: a pré-nupcial (fevereiro/abril) e a pós-nupcial (setembro/novembro).

 

Para saber mais sobre os locais a visitar, consulte o menu abaixo. De referir ainda, a existência de observatórios nalguns destes sítios, o que os torna especialmente atrativos para fotografar aves aquáticas.

 

Altura do Ano: durante todo o ano, mas com especial interesse durante o Inverno e durante as duas épocas de migração: fevereiro/abril e setembro/novembro.

 

Para mais informações, consulte o Guia “Observar Aves no Concelho de Loulé - Roteiro Ornitológico”

  • Caniçal de Vilamoura

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    Integrada no Parque Ambiental de Vilamoura, esta é a maior zona palustre do Concelho de Loulé (e uma das maiores do Algarve), caraterizada por uma extensa mancha de Caniçal (Phragmites australis) alagado, e encontra-se rodeada por outros biótopos, como zonas ribeirinhas, várzeas, pastagens, pomares de sequeiro, pinhais, pousios e praias.

     

    Nesta zona encontram-se registadas mais de 200 espécies de aves, onde se destacam a Garça-vermelha (Ardea purpurea) e a Garça-pequena (Lxobrychus minutus), como nidificantes, o Camão (Porphyrio porphyrio) e a Águia-sapeira (Circus aeruginosus), como residentes, e o Chapim-de-faces-escuras (Remiz pendulinus) e o Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) como invernantes.

     

    O Caniçal de Vilamoura não tem estatuto de proteção legal mas é reconhecido como Área Importante para Aves (IBA – Important Bird Area) pela BirdLife International e pela SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves).

  • Foz da Ribeira do Almargem

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    Esta bela lagoa costeira e uma pequena mancha de pinhal limítrofe encontram-se inseridas na área de Reserva Ecológica Nacional. A lagoa ocasionalmente está aberta ao mar (natural ou artificialmente), principalmente durante o Inverno e por vezes no Verão, apresentando variações no nível de água e no ambiente aquático.

     

    Durante os períodos de Inverno, podem-se aqui avistar diversas espécies de anatídeos (família de aves aquáticas que inclui os patos, cisnes e gansos), nomeadamente o Pato-de-bico-vermelho (Netta rufina) e o Zarro-comum (Aythya ferina), bem como limícolas (aves que frequentam corpos de água). Quando os níveis de água baixam e as zonas de vasa ficam expostas, um grande número de limícolas de várias espécies pode ser observado, tais como: Pilrito-comum (Calidris alpina), Pilrito-pequeno (Calidris minuta), Perna-verde (Tringa nebularia), Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula), entre outros.

     

    O pinhal envolvente é muito rico em aves florestais, onde se destacam a Pega-azul (Cyanopica cyana), a Poupa (Upupa epops), a Trepadeira-comum (Certhya brachydactyla) e a Toutinegra-de-cabeça-preta (Sylvia  melanocephala).

  • Lagoa das Dunas Douradas e Lagoa do Garrão

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    As Lagoas do Garrão são formadas por duas pequenas lagoas de água salobra ricas em vegetação palustre. Uma das lagoas (a localizada mais a nascente) está incluída no Parque Natural da Ria Formosa. Nestas pequenas zonas húmidas é possível encontrar um número bastante interessante de aves aquáticas, especialmente no Inverno. Destacam-se vários anatídeos, como o Zarro-comum (Aythya ferina), a Marrequinha (Anas crecca) e o Marreco (Anas querquedula) e diversos ralídeos, incluindo o Camão (Porphyrio porphyrio). É frequente observar-se nestas lagoas algumas limícolas como o Pernilongo (Himantopus himantopus) e nas margens a esquiva Narceja (Gallinago gallinago).

     

    Na zona de pinhal envolvente, pode-se observar a Trepadeira-comum (Certhya brachydactyla), o Chapim-de-crista (Parus cristatus), a Pega-azul (Cyanopica cyana) e no Inverno a Estrelinha-de-poupa (Regulus ignicapillus).

  • Lagoa de São Lourenço

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    A Lagoa de São Lourenço é um espelho de água artificial inserido num campo de golfe. Dada a densa vegetação palustre aí existente, sobretudo tabúa (Typha sp.) e caniço, há condições para o abrigo e nidificação de várias aves aquáticas. Aí podem encontrar-se algumas das espécies mais emblemáticas da região, como o Camão (Porphyrio porphyrio), o Pato-de-bico-vermelho (Netta rufina) ou a Garça-pequena (Ixobrychus minutus). No Inverno pode-se ainda observar o invulgar Ibis-preto (Plegadis falcinellus) e, por vezes, o raro Pato-de-asa-azul (Anas discors) ou a esquiva Franga-d’água (Porzana porzana). A existência neste local de um excelente observatório de aves faz dele um dos melhores sítios para ver de perto muitas aves interessantes.

  • Ludo

    O Ludo é um local de relevância internacional para a migração e invernada de limícolas e patos, albergando anualmente largos milhares destas aves. Outrora classificado como Reserva Natural, o Ludo está hoje integrado no Parque Natural da Ria Formosa, constituindo uma das zonas mais importantes desta área protegida.

    Aqui foram já observadas mais de 250 espécies, algumas bastante raras na Europa. Contudo, é a grande abundância de determinadas espécies que faz deste um dos locais mais interessantes para a observação de aves no Algarve, ponto de paragem obrigatório para todos os ornitólogos.

    Ao longo de todo o ano é possível observar uma grande variedade de aves. Contudo, o Inverno é a época mais interessante, uma vez que um grande número de espécies vem aqui refugiar-se, com destaque para o Flamingo (Phoenicopterus roseus), o Colhereiro (Platalea leucorodia), a Piadeira (Anas penelope), o Arrabio (Anas acuta), a Águia-pesqueira (Pandion haliaetus), a Águia-calçada (Hieraaetus pennatus), o Perna-vermelha-bastardo (Tringa erythropus), a Gaivina-de-bico-vermelho (Sterna caspia), entre muitas outras.

  • Parque Natural da Ria Formosa

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    O Parque Natural da Ria Formosa, parte do qual se localiza no Concelho de Loulé, é uma das mais importantes zonas húmidas do país no que concerne à riqueza e abundância de aves aquáticas. É um ecossistema muito rico, onde existe uma grande variedade de habitats aquáticos e terrestres (sapais, bancos de areia e de vasa, dunas, salinas, lagoas de água doce e salobra, zonas agrícolas, matas e pinhais).

     

    Para além de estatuto de Parque Natural, esta região apresenta outros estatutos de proteção nacionais e internacionais: Zona de Proteção Especial para Aves (PTZPE0017), Sítio de Importância Comunitária (PTCON0013), de Sítio Ramsar (7PT002). Parte destes estatutos devem-se ao elevado valor ornitológico deste espaço que serve de refúgio e área de nidificação a dezenas de espécies.

     

    Destaque-se, pelo estatuto de conservação, o Pato-de- bico-vermelho (Netta rufina) e o Camão (Porphyrio porphyrio), uma das espécies mais emblemáticas da Ria Formosa.