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"Práticas de cura nos tempos de peste numa vila do Antigo Regime: o caso de Loulé", por Luís Ribeiro Gonçalves

As pestes deixaram profundas marcas no território algarvio ao longo dos séculos. O que nos propomos analisar é como se organizou a assistência em tempos de doença, observando a actuação das instituições e dos seus oficiais em episódios epidémicos, mas também ambientes endémicos, onde os cuidados da saúde foram essenciais para assegurar o bem comum das populações. Nesse sentido, a partir do exemplo de Loulé, iremos examinar o papel das câmaras, dos hospitais e das misericórdias, nestes contextos, reconhecendo que muitas deles actuavam em articulação com outros lugares no Algarve e até no reino. Por outro lado, iremos verificar qual foi o papel dos físicos, cirurgiões, boticários, sangradores, barbeiros e muitos outros curadores ou curadeiros que compunham o mercado de cura local, e asseguravam tanto nas epidemias, como perante as vicissitudes que marcavam o dia a dia dos moradores de Loulé.